Seis suspeitos do golpe do familiar em apuros foram presos em São Paulo durante a Operação Proteus II, da Polícia Civil do Piauí. Justiça bloqueou 16 contas bancárias ligadas aos investigados.

A Polícia Civil do Piauí deflagrou na manhã desta terça-feira (19) a Operação Proteus II, que resultou na prisão de seis suspeitos do golpe do familiar em apuros em São Paulo. A ação foi realizada em parceria com a Polícia Civil paulista e contou com o cumprimento de 20 mandados judiciais, incluindo buscas, apreensões e prisões temporárias.
De acordo com a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), responsável pela investigação, a Justiça também determinou o bloqueio de pelo menos 16 contas bancárias ligadas aos investigados. O objetivo é garantir o ressarcimento das vítimas, que perderam valores significativos após serem enganadas pelos criminosos.
Como funciona o golpe do familiar em apuros
O golpe do familiar em apuros é um dos mais recorrentes em todo o país. Os criminosos entram em contato com as vítimas por telefone ou por meio de perfis falsos em redes sociais, passando-se por parentes próximos. Em seguida, criam situações de emergência — como acidentes, dívidas ou assaltos — para convencer a vítima a transferir dinheiro com urgência.
Na maioria dos casos, as transações são realizadas via Pix, devido à rapidez do sistema. Sob forte pressão emocional e sem verificar a veracidade da história, muitas pessoas acabam realizando transferências imediatas, apenas depois descobrindo que foram enganadas.
Estrutura criminosa organizada
Segundo a Polícia Civil, os presos fazem parte de uma estrutura criminosa organizada, especializada nesse tipo de fraude eletrônica. O grupo utilizava dados obtidos de forma ilícita para montar narrativas convincentes, ampliando o número de vítimas e a gravidade dos prejuízos.
As investigações tiveram início no Piauí, após diversas denúncias de vítimas que relataram terem caído no golpe do familiar em apuros. Com base nos inquéritos, o juiz da Central de Inquéritos de Teresina, Dr. Valdemir Ferreira Santos, expediu as ordens judiciais que deram suporte à operação.
Prisões e próximos passos
Os seis suspeitos foram detidos em São Paulo e levados para unidades da Polícia Civil, onde serão apresentados à Justiça. As investigações continuam para identificar outros possíveis envolvidos e rastrear novos casos ligados ao esquema.
A Polícia reforça que a cooperação entre os estados é essencial para o enfrentamento de crimes cibernéticos, que cada vez mais ultrapassam fronteiras regionais e exigem ações coordenadas.
Como se proteger do golpe do familiar em apuros
Para evitar cair nesse tipo de fraude, a Polícia Civil orienta:
- Sempre confirmar a identidade do parente que pede ajuda, ligando diretamente para ele ou para pessoas próximas;
- Desconfiar de pedidos de transferência de dinheiro com urgência;
- Evitar fornecer dados pessoais em sites ou redes sociais de forma pública;
- Registrar ocorrência policial em caso de tentativa ou confirmação de golpe.
Relevância da operação
A Operação reforça o compromisso no combate a crimes digitais e no apoio às vítimas de estelionato. O bloqueio das contas bancárias dos suspeitos é uma medida importante para tentar reverter parte dos prejuízos financeiros sofridos por cidadãos que foram enganados pelo golpe do familiar em apuros.