Entenda o caso de Penélope Brito e Thiciano Ribeiro, mortos em Teresina. Defesa do suspeito pede prisão em presídio militar e nega ilegalidade em armas.
Prisão do suspeito no caso Penélope Brito e Thiciano Ribeiro
O assassinato da chefe da Guarda Civil Municipal de Parnaíba, Penélope Brito, e do vereador Thiciano Ribeiro continua repercutindo intensamente no Piauí. O autor do crime, o guarda civil Francisco Fernando de Oliveira Castro, de 35 anos, foi preso em flagrante após confessar o duplo homicídio a familiares.

O crime ocorreu na manhã do dia 27 de agosto, quando Penélope Brito e Thiciano Ribeiro foram mortos em Teresina. Horas depois, Francisco Fernando foi localizado no bairro Parque Piauí, escondido na casa de parentes. Uma câmera de segurança flagrou o momento em que ele foi abordado pela polícia ao sair em um veículo.
Com o suspeito, foram apreendidos uma carabina, duas pistolas, carregadores, munições, três celulares, um notebook e dinheiro em espécie. O material foi recolhido e apresentado pelas autoridades durante a prisão.
Defesa pede prisão em presídio militar
O advogado Marcus Vinícius Brito, responsável pela defesa de Francisco Fernando, afirmou que irá solicitar à Justiça que seu cliente cumpra a prisão preventiva em um presídio militar.

Segundo o advogado, já existe reconhecimento do Supremo Tribunal Federal (STF) de que a Guarda Civil Municipal exerce funções equiparadas às demais forças de segurança, como a Polícia Militar. Dessa forma, não haveria justificativa para que o guarda civil fique em um presídio comum.
Ele destacou que, embora a Guarda Civil tenha sido criada originalmente para proteger o patrimônio público, ao longo dos anos passou também a desempenhar atividades de segurança ostensiva. Por essa razão, a defesa sustenta que Francisco Fernando deve ter o mesmo direito concedido a policiais militares em casos semelhantes.
Alegação de surto emocional
Durante entrevistas, a defesa acrescentou que Francisco Fernando teria sofrido um surto psicótico no momento do crime. O advogado relatou que ele estava há mais de 72 horas sem dormir e 48 horas sem se alimentar, o que teria contribuído para a perda de controle emocional.
Segundo essa versão, o suspeito teria se desestabilizado ao descobrir que sua ex-esposa, Penélope Brito, mantinha um relacionamento amoroso com o vereador Thiciano Ribeiro. A defesa nega que tenha havido planejamento para o crime, reforçando que a ação foi motivada por um estado de fragilidade psicológica.
Armas apreendidas eram legais, diz advogado
Outro ponto destacado pela defesa foi a questão das armas apreendidas. O advogado reforçou que não havia irregularidades em relação ao armamento em posse de Francisco Fernando.
De acordo com ele, o guarda civil tinha apenas três pistolas: uma registrada e cautelada em nome da Guarda Civil de Parnaíba, e outras duas de uso pessoal, todas com porte legalizado. As licenças foram entregues à polícia junto com o material apreendido.
Avanço das investigações
Após a audiência de custódia realizada no dia 28, a Justiça decretou a prisão preventiva do suspeito. Agora, o processo segue em andamento, com depoimentos, coleta de provas e análise do pedido da defesa em relação à transferência para um presídio militar.
O caso de Penélope Brito e Thiciano Ribeiro gerou grande comoção em Parnaíba e em todo o Piauí. As investigações ainda buscam esclarecer todos os detalhes que motivaram o crime, bem como os próximos passos judiciais que definirão onde o acusado permanecerá detido enquanto responde pelo duplo homicídio.
Impacto do caso Penélope Brito e Thiciano Ribeiro em Parnaíba
A morte de duas figuras públicas — uma chefe da Guarda Civil e um vereador — trouxe forte abalo à comunidade de Parnaíba. Penélope Brito era reconhecida pelo trabalho à frente da corporação, enquanto Thiciano Ribeiro exercia papel ativo no legislativo municipal após assumir a vaga de vereador recentemente .
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