Polícia Civil apreende sete armas e mais de 1.500 munições em endereços de Francisco Fernando, guarda municipal de Parnaíba acusado de matar a ex-mulher e um vereador em Teresina.
A Polícia Civil do Piauí investiga se o guarda municipal Francisco Fernando Castro, de Parnaíba, produzia ou reciclava munições. O servidor está preso em Teresina, acusado de ser o autor das mortes da ex-mulher, a comandante da Guarda Municipal de Parnaíba Penélope Brito, e do vereador Thiciano Ribeiro (PL). O caso chocou o estado e desencadeou uma série de diligências que resultaram na apreensão de um verdadeiro arsenal em endereços ligados ao suspeito.

Na quarta-feira (27), policiais encontraram sete armas de fogo, mais de 1.500 munições e diversos acessórios de armamento em imóveis relacionados a Francisco. O material estava distribuído entre Teresina e Parnaíba, reforçando a linha de investigação de que o guarda tinha acesso amplo a armas e poderia estar fabricando ou modificando munições.
Arsenal apreendido em dois endereços
Segundo o delegado Abimael Silva, parte do material foi descoberta em um cofre dentro da casa de um tio de Penélope Brito, em Parnaíba. Esse parente relatou à polícia que havia sido contratado em maio para retirar pertences de Francisco da residência que ele dividia com a ex-mulher. No entanto, afirmou não saber que havia armas guardadas entre os objetos transportados, já que o cofre permaneceu fechado.

No local foram localizadas pistolas de diferentes calibres, rifle, carabina de pressão, carregadores, coldres, maletas, kits de limpeza e até uma máquina de recarga de munições. Para os investigadores, os acessórios reforçam a suspeita de que o guarda municipal tinha condições de fabricar ou reciclar munições.
Em Teresina, outro endereço ligado ao suspeito também foi alvo da operação. Lá, foram apreendidas a arma funcional de Francisco, uma pistola e um rifle que estavam sob a guarda de familiares. Todo o arsenal foi recolhido e será submetido a perícia.
Polícia analisa a legalidade das armas
De acordo com o delegado Abimael Silva, o inquérito busca esclarecer se as armas estavam devidamente registradas e se poderiam estar armazenadas nos locais onde foram apreendidas.
“Instauramos um inquérito e estamos catalogando cada arma para verificar a legalidade, o registro e o endereço em que elas deveriam estar. O objetivo é apurar se tudo seguia dentro das normas”, explicou o delegado.
A defesa de Francisco, representada pelo advogado Marcos Vinicius Brito, declarou que ainda não possui informações detalhadas sobre as apreensões e aguarda a conclusão das investigações para se pronunciar.
Material apreendido pela polícia
Segundo levantamento da Polícia Militar, os itens encontrados incluem:
- 1 arma funcional;
- 4 pistolas de calibres variados (.380, .22 e 9mm);
- 1 rifle;
- 1 carabina de pressão;
- 1.519 munições;
- carregadores, coldres, maletas e kits de limpeza;
- 1 máquina de recarga de munições.
Parte desse arsenal foi localizada em Parnaíba e outra parte em Teresina, revelando a movimentação de pertences do suspeito entre as duas cidades.
Investigações continuam
O próximo passo é a perícia criminal, que deve analisar cada arma e munição encontrada. O resultado vai indicar se Francisco mantinha tudo de forma regular ou se praticava atividades ilegais relacionadas à fabricação de munições.
Enquanto isso, a Polícia Civil prossegue com o inquérito que apura as circunstâncias das mortes de Penélope Brito e Thiciano Ribeiro, crimes que abalaram não apenas Parnaíba, mas também toda a sociedade piauiense.
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