Operação Jogo Sujo 3: Decisão garante acesso a medicamentos e apura denúncias de agressões contra os investigados.
A Justiça do Piauí decidiu manter a prisão preventiva dos quatro influenciadores investigados na terceira fase da Operação Jogo Sujo, que apura a divulgação de jogos de azar em redes sociais. Permanecem detidos Maria Vitória Silva de Sousa Lima (DJ Latina Gold), Domingos da Silva Ferreira (DJ Loboox), Nayanna Fonseca e Nathalya Therccia Carlos Ribeiro. Além de confirmar as prisões, o magistrado responsável determinou que duas das investigadas recebam atendimento médico contínuo durante o período em que estiverem sob custódia.
Garantia de medicamentos e denúncia de agressões
Segundo a decisão, a unidade prisional deve assegurar a continuidade dos tratamentos já em curso para Nayanna Fonseca, que utiliza medicação para Síndrome do Ovário Policístico e controle de pressão, e para Maria Vitória, que faz uso de remédios contra ansiedade. A medida foi adotada após ambas relatarem, em audiência, a necessidade de medicamentos de uso regular.

O juiz também ordenou a apuração de denúncias apresentadas por Nayanna, que afirmou ter sofrido agressões físicas e morais durante a operação policial. O caso será analisado pelo Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público, que deverá investigar se houve excessos na abordagem.
Operação Jogo Sujo 3 em Teresina
A ação policial foi deflagrada na última quinta-feira (25) em Teresina, cumprindo oito mandados de prisão, busca e apreensão. De acordo com a investigação, os influenciadores promoviam jogos ilegais em plataformas digitais e, para convencer seus seguidores, exibiam supostos ganhos obtidos por meio das chamadas “contas demo” — perfis que simulam apostas sem dinheiro real. A prática, segundo a polícia, servia para induzir seguidores ao erro, levando-os a investir valores que resultavam em prejuízos.

Os investigadores também apuram a possível lavagem de dinheiro por meio da compra de imóveis, veículos e empresas usadas como fachada para ocultar a origem dos recursos. Estima-se que o grupo tenha movimentado milhões de reais nos últimos dois anos.
Defesa contesta valores e versão da polícia
Advogados de DJ Latina Gold e DJ Loboox se pronunciaram nesta sexta-feira (26) e refutaram as acusações. Eles afirmam que os números divulgados pela polícia, como os R$ 14 milhões atribuídos ao casal, não passam de estimativas sem comprovação documental.
A defesa sustenta que os influenciadores não utilizavam contas falsas e que os valores exibidos nas redes sociais correspondiam a ganhos reais de apostas. Ressaltaram ainda que DJ Loboox teria interrompido qualquer atividade ligada à divulgação de plataformas de jogos há cerca de um ano.
Os advogados também defenderam a origem lícita dos bens apreendidos, destacando que veículos e equipamentos foram adquiridos com rendimentos do trabalho artístico e de contratos publicitários.
Prisão preventiva é mantida
Mesmo diante da contestação, o juiz optou por manter os quatro investigados presos. Na avaliação do magistrado, a liberdade poderia colocar em risco a coleta de provas e abrir espaço para que valores e bens fossem ocultados.
Enquanto a defesa prepara novos recursos, a Polícia Civil do Piauí segue aprofundando as investigações para identificar todos os envolvidos no esquema e rastrear o destino final dos recursos. A suspeita é de que os lucros obtidos com as plataformas ilegais eram pulverizados em diferentes frentes para dificultar a identificação de sua origem.
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