MP-PI denuncia guarda civil Francisco Fernando por feminicídio contra ex-esposa e homicídio de vereador. Caso envolve armas, munições e investigações que apontam crime planejado.
Guarda denunciado por feminicídio
O Ministério Público do Piauí (MP-PI) apresentou denúncia contra o guarda civil Francisco Fernando, acusado de feminicídio consumado contra a ex-esposa, Penélope de Brito, e homicídio qualificado contra o ex-vereador parnaibano Thiciano Ribeiro.

Ele também responderá por tentativa de homicídio qualificado, na modalidade dolo eventual, contra o taxista Paulo César, ferido por estilhaços durante os disparos.
Caso a denúncia seja aceita pela Justiça, o guarda se tornará réu e o processo seguirá para a fase de instrução criminal.
Como o processo deve avançar
Após a aceitação da denúncia, a defesa do acusado terá dez dias para apresentar uma resposta prévia, indicando testemunhas e provas que pretende usar. Em seguida, começam as audiências com depoimentos, interrogatórios e análise do material apresentado, garantindo o direito à ampla defesa e ao contraditório.
Prisão e apreensão de arsenal
Francisco Fernando foi preso em 27 de agosto, depois de assassinar a ex-esposa e o vereador. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que ele foi abordado por policiais em um carro descaracterizado, no bairro Parque Piauí, zona Sul de Teresina.
O guarda tentou se esconder em uma casa de familiares, mas foi surpreendido ao deixar o local em um veículo. Durante a prisão, foram apreendidas:
- uma carabina
- duas pistolas
- dois carregadores
- mais de 12 munições
- três celulares
- um notebook
- dinheiro em espécie
- objetos pessoais, como relógio, carteira e chave do carro.

Além disso, em diligências complementares, a Polícia Militar apreendeu quatro armas adicionais e quase três mil munições que, segundo as investigações, pertenciam ao acusado e estavam guardadas na casa de um tio de Penélope.

Conclusão do inquérito
Com base nas provas, a Polícia Civil do Piauí (PC-PI) indiciou o guarda por feminicídio, homicídio qualificado e tentativa de homicídio. O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) apontou que o crime foi planejado e que o acusado tinha histórico de agressividade contra Penélope, motivado pelo fato de ela ser sua superior na Guarda Municipal de Parnaíba.
De acordo com o DHPP, o desentendimento teria se intensificado porque Francisco não aceitava a posição de comando exercida pela ex-companheira.
Repercussão do caso
O assassinato da comandante Penélope de Brito e do vereador Thiciano Ribeiro chocou a sociedade piauiense e trouxe à tona a discussão sobre violência contra a mulher e o feminicídio no Piauí. O caso também expôs a necessidade de maior fiscalização sobre o acesso e o uso de armas por agentes de segurança.
O Ministério Público ressaltou que seguirá acompanhando o caso de perto para garantir justiça às vítimas e familiares.
Próximos passos
Agora, cabe ao Judiciário decidir se aceita a denúncia. Caso isso ocorra, Francisco Fernando será oficialmente réu e responderá pelos crimes em processo criminal. Se condenado, pode enfrentar penas severas, incluindo longa reclusão.
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